E entre a loucura do dia a dia
Eu encontro uma poesia...um poema inacabado
Meus olhos passam pelas linhas,assim como faz o tempo
E os versos se afastam, e me prendem
E pede um final, para poder enfim fazer algum sentido
Um final para que possa enfim ser declamado pelos quatro cantos do mundo!!
Um final para ser enfim registrado em um livro talvez; em uma folha qualquer em branco que aceite carregar para sempre todo o sentido desse quase nada.
Quem sabe um dia, alguém ache esse livro...e passeando pelas páginas encontre esse poema inacabado delimitado por margens grossas, impressas e impostas...poema marginalizado
E talvez, caia uma lágrima. Brote um sorriso.Mas é mais, é muito mais...é quase nada
E eu leio. Re leio. Penso. Re penso. E o final me foge.Seria por acaso as minhas lembranças naquele poema?
Imagino que não...tudo me foge.Parece-me estranho. Parece externo a mim e presente em todos.Me soa familiar por ser talvez experiências ditadas
É as lembranças de vocês.São a minha escolha. E isso perturba
O sentido está de cabeça para baixo, e equivale -1/2.Errata. O sentido é para cima, mas ainda vale -1/2. É o spin(ho) do poema
E ouço dizer sobre eletro afinidade, camada mais externa, grupo e período, e o tal do elemento...elemento representativo; de transição
Chega. Volto para minha busca. Parece-me confortável, por um tempo. E me ditam estrofes.Estrofes prontas: podem me ajudar, mas não necessariamente carrega o sentido das palavras que busco
E escreveram.Mas a borracha está na mesma mão que o grafite...posso repousar este e usar aquela. Apago.Apago o que acho necessário. Apago palavras que ainda ficam marcadas no papel.Sei que se o grafite buscar aquela região do papel, a marca torna-se de novo palavra. Mas a borracha ainda está na minha mão...posso apagar mil vezes!! Mas o grafite...chegará ao seu fim, e o papel a esperar...e nada mais será escrito
É apenas a menor parte indivisível do grafite sobre a folha...átomo.” não se dê ao trabalho”.Talvez
Mas porque o átomo é positivo? Porque aluem resolveu falar assim. Alguém?? Esse alguém foi capaz de ler o poema, de escrever o seu final quando teve oportunidade? Matéria e anti matéria tende a se eliminar. Que assim seja
Talvez seja meu erro, mas eu insisto em buscar as rimas certas. Elas parecem tão próximas, quase posso ouvir, quase posso entender. E elas já estão escritas, só preciso redigir nas linhas certas, ainda vazias.Paralelas aos olhos. Mas elas vão além. Onde? Seguir então
Sei apenas que caminham para o Sol.Fecho os olhos.Agora vejo. Abro os olhos.O poema está ali, inacabado.E os versos me serão ditados por alguém que observa a tudo de longe.E ele está perto, de mim, de tudo. É o próprio Sol
O poeta de toda poesia
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